ciclo
Como sempre, M. chegava a casa e deixava-se confortar na sua poltrona gigante, pela felicidade de uma rotina, repetida. Sempre as mesmas vozes, a mesma pose, o mesmo olhar. A gritar desesperadamente para que saísse daquele ciclo. Mas os seus ouvidos eram dois filtros, capazes de fixar especificamente aquilo que gostavam de ouvir.
Esta sua capacidade podia ser perigosa, porque mudava uma realidade pouco confortável, e até desafiante.
Alguns dias passavam e ia dizendo para si própria " hoje vai ser diferente", e nunca era.
Precisava de uma grande alteração na sua vida , de algo capaz de lhe por nos olhos lentes de optimismo.
Aquela rotina mecanizada era confortável, e fazia-a saír de uma realidade por vezes cruel e avassaladora. Por vezes demasiado dificil para ser suportável.
Para mudar, era preciso deixar uma parte de si morrer, uma parte de si que gritava bem alto e que a movia...
Quando as suas lágrimas caíam, eram absorvidas por um solo castanho, do qual saíam enormes girassois gigantes e dançantes... Esta subia-os , e do cimo deles era possível ver a sua vida a uma distância diferente. De uma perspectiva melhor, mais fácil.
Quando se sentia insegura, havia uma força, trazida pelo vento que a fazia avançar e cantar confiante, que a fazia acreditar um pouco em si.
Um dia, houve uma tempestade.
Nessa tempestade, os seus olhos choraram e dentro de si desenvolvia-se um enorme furacão.
Como em todas as catástrofes, houve destruição e morte. Perdeu a casa onde se sentava confortavelmente ao chegar, onde se deixava ficar na sua rotina espectacular.
Morreu parte de si, aquela que vivia num mundo ilusório, mas tão bonito e cheio de cor.
O mais dificil, foi ter de construir tudo do ínicio.
Primeiro, veio uma vaga de chuva depois da grande tempestade, chamada medo. Medo de não conseguir mudar aquela rotina que já fazia parte de si, medo de olhar para a sua tristeza, de olhar para um mundo que não era só colorido, mas também cinzento.
Ainda assim, sem ter alternativa, pôs mãos à obra.
Conseguiu construir uma base para a sua nova casa, e o seu novo "eu".
Conseguiu encontrar pessoas que realmente a quiseram ajudar nestes novos desafios.
E conseguiu encontrar-se a si própria, mesmo em momentos mais dificeis e que a puseram à prova.
Ainda falta construir o resto daquela que será a sua casa, e sentir-se segura para se desprender completamente das rotinas a que se rendia, mas hoje construiu o mais importante desta grande aprendizagem que é viver: uma semente de certeza. Certeza do que quer , e do que é.
Esta sua capacidade podia ser perigosa, porque mudava uma realidade pouco confortável, e até desafiante.
Alguns dias passavam e ia dizendo para si própria " hoje vai ser diferente", e nunca era.
Precisava de uma grande alteração na sua vida , de algo capaz de lhe por nos olhos lentes de optimismo.
Aquela rotina mecanizada era confortável, e fazia-a saír de uma realidade por vezes cruel e avassaladora. Por vezes demasiado dificil para ser suportável.
Para mudar, era preciso deixar uma parte de si morrer, uma parte de si que gritava bem alto e que a movia...
Quando as suas lágrimas caíam, eram absorvidas por um solo castanho, do qual saíam enormes girassois gigantes e dançantes... Esta subia-os , e do cimo deles era possível ver a sua vida a uma distância diferente. De uma perspectiva melhor, mais fácil.
Quando se sentia insegura, havia uma força, trazida pelo vento que a fazia avançar e cantar confiante, que a fazia acreditar um pouco em si.
Um dia, houve uma tempestade.
Nessa tempestade, os seus olhos choraram e dentro de si desenvolvia-se um enorme furacão.
Como em todas as catástrofes, houve destruição e morte. Perdeu a casa onde se sentava confortavelmente ao chegar, onde se deixava ficar na sua rotina espectacular.
Morreu parte de si, aquela que vivia num mundo ilusório, mas tão bonito e cheio de cor.
O mais dificil, foi ter de construir tudo do ínicio.
Primeiro, veio uma vaga de chuva depois da grande tempestade, chamada medo. Medo de não conseguir mudar aquela rotina que já fazia parte de si, medo de olhar para a sua tristeza, de olhar para um mundo que não era só colorido, mas também cinzento.
Ainda assim, sem ter alternativa, pôs mãos à obra.
Conseguiu construir uma base para a sua nova casa, e o seu novo "eu".
Conseguiu encontrar pessoas que realmente a quiseram ajudar nestes novos desafios.
E conseguiu encontrar-se a si própria, mesmo em momentos mais dificeis e que a puseram à prova.
Ainda falta construir o resto daquela que será a sua casa, e sentir-se segura para se desprender completamente das rotinas a que se rendia, mas hoje construiu o mais importante desta grande aprendizagem que é viver: uma semente de certeza. Certeza do que quer , e do que é.
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