concha
Uma luz que se apaga. Um silêncio. Uma estrada que ficou por preencher com passos e um passo indeciso, a meio caminho.
Questões que atravessam as entranhas até ao íntimo mais secreto e recondito.
Contradição persistente, dolorosa, frenética.
Pequenas ligações que se rompem e criam novas ramificações, sem rumo a diferentes horizontes.
Falta de uma referência, direcção.
Palavras demasiado forçadas. Gritos acurralados. Uma asa partida.
No coração vontade de voar... o vento chama, mas será que quero deixar que ele me leve? Será que é ele que me quer levar?
É uma concha fechada, vedada, tapada, escondida.
Quero abri-la, tanto. Será que encerra no seu interior uma pequena pérola brilhante?
Tenho medo que esteja vazia. Do vazio, do escuro, do fundo interior que exala tanto desconhecido aliciante e ao mesmo tempo perigoso.
Sei que tenho de fazê-lo, se não fôr eu, tal como nos feitiços o seu pequeno brilho ficará para sempre disperso, impossibitado de se tornar útil. Esse brilho está lá, ou é preciso criá-lo?
É preciso decidir, sem voltar atrás. Ou então as correntes vão levá-la cada vez mais fundo.
Questões que atravessam as entranhas até ao íntimo mais secreto e recondito.
Contradição persistente, dolorosa, frenética.
Pequenas ligações que se rompem e criam novas ramificações, sem rumo a diferentes horizontes.
Falta de uma referência, direcção.
Palavras demasiado forçadas. Gritos acurralados. Uma asa partida.
No coração vontade de voar... o vento chama, mas será que quero deixar que ele me leve? Será que é ele que me quer levar?
É uma concha fechada, vedada, tapada, escondida.
Quero abri-la, tanto. Será que encerra no seu interior uma pequena pérola brilhante?
Tenho medo que esteja vazia. Do vazio, do escuro, do fundo interior que exala tanto desconhecido aliciante e ao mesmo tempo perigoso.
Sei que tenho de fazê-lo, se não fôr eu, tal como nos feitiços o seu pequeno brilho ficará para sempre disperso, impossibitado de se tornar útil. Esse brilho está lá, ou é preciso criá-lo?
É preciso decidir, sem voltar atrás. Ou então as correntes vão levá-la cada vez mais fundo.
Uma vontade de voar que subitamente parece não ser suficientemente forte, uma concha dentro da qual nos fechamos, uma aparente perda de direcção. Tudo é aparência: o voo faz-se- à semelhança do da andorinha - quando, numa inesperada manhã de sol , a viagem ao encontro da Primavera nos acena; a concha abre-se em sorriso solar, podendo o seu nome ser também o da gigantesca flor que o saúda rodando para a grande estrela o 'rosto' e assim se descobre que o rumo sempre esteve lá, só que o Inverno passageiro, com noites prolongadas e sem risos de luar toldaram momentaneamente os trilhos da caminhada.
ResponderEliminarNão colocar fasquias muito altas para o futuro, não querer que o amanhã chegue em contagem descrescente ou não queimar etapas, vivendo cada momento da vida como ensina o sábio professor do 'Clube dos Poetas Mortos' quando se refere - desculpa pois és vegetariana- à ideia de 'sugar o tutano da vida' ou, como diz o poeta pastor de modo mais bonito:
Aos que a riqueza toca
O ouro irrita a pele.
Aos que a fama bafeja
Embacia-se a vida.
Aos que a felicidade
É sol, virá a noite.
Mas ao que nada espera
Tudo que vem é grato
Alberto Caeiro
Uma concha é daquelas coisas que foram criadas (sabe-se lá por quem) para se abrir e ser surpreendido. E é sempre pela positiva. É preciso é abri-la.
ResponderEliminarE tal como dizia alguém, nada es permanente. Solo lo amor es permanente. Essa concha, algo me diz que vai florir, seja lá a flor que ela dê. Nadie es permanente.
E pegando no "Clube dos Poetas Mortos" (que é uma autentica "bíblia"), CARPE DIEM!!!! Seize the day!!!